O Que Fazer Quando o Cão Não Para de Destruir Objetos da Casa
A cena é comum, mas frustrante: você chega em casa e encontra almofadas rasgadas, móveis danificados ou cabos mastigados. Se os cachorros destruindo móveis se tornaram uma rotina, é hora de agir de forma inteligente e eficaz. Esses comportamentos não são sinais de maldade, mas sim indícios de que algo está faltando na rotina ou bem-estar do seu pet. Por isso, a pergunta “o que fazer?” exige mais do que limites rígidos — precisa de soluções abrangentes que tratem desde estímulos mentais até suporte emocional.
Neste guia atualizado, você encontrará orientações relevantes para 2025, incorporando abordagens modernas e eficazes. Vamos entender as causas por trás da destruição, desenvolver um plano de ação personalizado e implementar mudanças reais no dia a dia. Estruturado em etapas que envolvem estimulação, educação, saúde emocional e apoio profissional, este artigo apresenta um roteiro claro para transformar comportamentos indesejados.
Mais do que resguardar a casa, a ideia é garantir que seu cachorro desenvolva formas saudáveis de expressar energia, curiosidade e afeto. Não se trata apenas de impedir a destruição, mas de cultivar o equilíbrio do pet e fortalecer sua conexão com ele. Acompanhe cada sessão e descubra como agir com consistência para uma convivência mais harmoniosa e tranquila.
Identifique a causa do comportamento
Antes de buscar soluções rápidas ou aplicar correções punitivas, é essencial entender por que o cão está destruindo objetos da casa. Todo comportamento tem uma motivação, e descobrir a origem é o primeiro passo para corrigi-lo de forma eficaz. Não se trata apenas de “mau comportamento”, mas de uma manifestação de necessidades físicas, mentais ou emocionais não atendidas.
Entre as causas mais comuns estão:
- Falta de estímulo mental: cães entediados buscam atividades por conta própria — e isso geralmente inclui destruir móveis e objetos.
- Excesso de energia acumulada: sem exercícios suficientes, o cão precisa descarregar energia de algum modo.
- Ansiedade por separação: quando o tutor sai, o cão sofre emocionalmente e tenta aliviar a angústia roendo o que estiver por perto.
- Ausência de limites e orientações: sem uma rotina clara e comandos básicos, o cão não sabe diferenciar o que pode ou não morder.
- Fase de dentição (filhotes entre 2 e 6 meses): durante a troca de dentes, roer alivia o desconforto nas gengivas.
Faça um diário comportamental por pelo menos uma semana. Observe e anote os seguintes aspectos:
Situação observada | Padrão de destruição | Possível causa |
---|---|---|
Logo após o tutor sair | Portas arranhadas, sofá rasgado | Ansiedade por separação |
Finais de tarde sem passeio | Tapetes mastigados | Excesso de energia acumulada |
Após longos períodos sozinho | Lixeira revirada, chinelos roídos | Tédio, necessidade de interação |
Cão filhote entre 3 e 5 meses | Móveis roídos, brinquedos mordidos | Dentição em fase ativa |
Essa observação ativa permite que você entenda o contexto emocional e físico do seu cão. Saber quando, onde e como ele destrói ajuda a direcionar intervenções específicas, sustentáveis e alinhadas com o bem-estar do animal. Evita-se assim improvisos ineficazes e se constrói um plano personalizado de correção e educação, com resultados reais e duradouros.
Estimulação mental: desafie a mente do seu pet

Cães precisam de muito mais do que ração e passeios curtos para viver de forma equilibrada. A estimulação mental é tão fundamental quanto o exercício físico, especialmente para reduzir comportamentos destrutivos. Quando o cérebro do cão está ocioso, ele busca ocupações — e é nesse momento que surgem os cachorros destruindo móveis, revirando o lixo ou atacando chinelos.
Para evitar esse cenário, desafie o raciocínio do seu cão com atividades que exijam concentração e solução de problemas. Os brinquedos interativos, por exemplo, são excelentes para isso. Eles funcionam com compartimentos que liberam petiscos apenas quando o cão resolve determinado desafio — empurrar, girar ou encontrar a saída certa. Esses jogos não só entretêm, mas também aliviam o estresse e ajudam no autocontrole.
Outras formas eficazes de estimulação incluem:
- Esconder petiscos pela casa: transforme a busca por comida em uma atividade de faro e raciocínio.
- Sessões curtas de obediência: comandos como “senta”, “deita” ou “fica” treinam foco e controle emocional.
- Ensinar novos truques: desde comandos básicos até tarefas lúdicas, como guardar brinquedos ou tocar a campainha com a pata.
- Rotina de enriquecimento alimentar: variar a forma de oferecer a ração (em brinquedos, toalhas enroladas ou bandejas de cheiros) torna a refeição mais estimulante.
Para manter a motivação alta, alterne os brinquedos disponíveis a cada dois dias e aumente gradualmente o nível de dificuldade. Dessa forma, o cão não se acostuma com um único estímulo e continua mentalmente engajado. O resultado é um animal mais calmo, focado e menos propenso a destruir o que não deve — uma estratégia inteligente para quem busca o que fazer quando o cão não para de destruir objetos da casa.
Atividade física regular: gaste energia de forma positiva
Um dos principais motivos que explicam cachorros destruindo móveis é o excesso de energia acumulada. Cães, especialmente aqueles de raças com perfil ativo — como border collie, labrador, husky siberiano e jack russell —, têm uma necessidade natural de movimento que vai muito além de simples caminhadas. Quando essa energia não é canalizada de forma positiva, ela se transforma em comportamento destrutivo, ansiedade e hiperatividade.
Para prevenir isso, é essencial estabelecer uma rotina de atividade física estruturada e variada. Caminhadas longas de 40 a 60 minutos por dia já fazem diferença, mas o ideal é intercalar com exercícios mais dinâmicos:
- Jogos de busca com bola ou frisbee, que estimulam o foco e o gasto energético;
- Corridas ao lado do tutor, especialmente com o uso de guias longas e seguras;
- Circuitos de agility, mesmo improvisados no quintal ou em parques, trabalhando corpo e mente;
- Brincadeiras controladas com outros cães, desde que o pet seja socializado.
A dica é iniciar o dia com um exercício mais intenso, que ajude a equilibrar o comportamento por horas. No fim da tarde, aposte em passeios leves ou jogos interativos. Isso evita que o cão recorra a objetos da casa como válvula de escape para a frustração.
É importante lembrar que o estímulo físico também melhora o sono, regula o humor e fortalece a relação entre tutor e animal. Quando o cão está cansado de forma saudável, não sobra energia para destruir sofás, chinelos ou almofadas. E assim, você resolve o problema de forma preventiva e respeitosa.
Redirecionamento e limites: ensine o que pode
A base para corrigir comportamentos como cachorros destruindo móveis está em uma educação clara e consistente. Em vez de simplesmente proibir, é fundamental ensinar o que é permitido, criando associações positivas que facilitem o aprendizado e reforcem a confiança do pet em seu tutor.
Comandos essenciais como “não”, “solta” e “deixa” devem ser incorporados à rotina desde cedo. Quando o cão tentar mastigar algo inadequado, interrompa com um “não” firme, mas sereno. Em seguida, ofereça um brinquedo apropriado e, assim que ele aceitar a troca, recompense com carinho, petisco ou elogio verbal. Isso ensina o comportamento correto sem necessidade de punição.
Outro ponto importante é a constância: quanto mais o tutor repetir esse processo de forma equilibrada, mais rápido o cão aprende o que pode ou não. Essa é a estratégia recomendada por comportamentalistas e adestradores modernos: respeitar os limites naturais do animal, reforçar o comportamento desejado e manter uma comunicação clara e gentil.
O resultado é um pet mais obediente, seguro e calmo — e uma casa com menos objetos destruídos.
Controle a ansiedade por separação de forma gradual

Se o seu cão costuma destruir objetos apenas quando está sozinho, o comportamento pode estar ligado à ansiedade por separação — uma condição comum e muitas vezes subestimada. Em vez de repreender o animal ao voltar para casa, é essencial adotar uma abordagem preventiva e estratégica, baseada em desacostumar gradualmente à sua ausência.
A transição deve ser feita em etapas curtas e consistentes:
- Comece com saídas rápidas: fique fora de casa por 2 a 5 minutos, sem fazer despedidas longas ou emocionadas. Ao retornar, mantenha a calma e recompense o pet apenas quando ele estiver tranquilo.
- Aumente gradualmente o tempo ausente, sempre observando o comportamento. Se notar agitação ou destruição ao retornar, volte uma etapa e avance mais lentamente.
- Utilize brinquedos com estímulos relaxantes, como mordedores com cheiro de lavanda ou dispositivos que liberam petiscos aos poucos, para ocupar o cão e torná-lo mais confiante durante a sua ausência.
Também é possível usar roupas com seu cheiro, deixar uma música ambiente ou recorrer a difusores de feromônio sintético, recursos amplamente utilizados em 2025 para acalmar cães em situações de estresse.
Se o problema persistir ou o pet apresentar sinais mais graves (vocalização intensa, automutilação, descontrole fisiológico), o ideal é procurar a orientação de um veterinário especializado em comportamento animal. Um plano terapêutico individualizado pode incluir mudanças no ambiente, técnicas de dessensibilização e, se necessário, medicação de suporte.
Com paciência e método, é possível reverter esse quadro e garantir mais bem-estar ao cão e tranquilidade para o tutor.
Enriquecimento ambiental: transforme o lar num espaço seguro
Evitar cachorros destruindo móveis começa por transformar o ambiente em um local funcional, seguro e estimulante. A destruição geralmente está relacionada ao estresse, frustração ou falta de direcionamento. Por isso, um ambiente bem planejado atua como filtro preventivo para comportamentos indesejados.
Delimitar uma área exclusiva para o seu cão é um passo fundamental para reduzir comportamentos destrutivos. Escolha um espaço fixo e confortável, equipado com cama, bebedouro e brinquedos variados. Para facilitar a compreensão do animal, utilize marcadores visuais, como tapetes diferentes ou cercadinhos, criando zonas “livres” seguras e tranquilas.
Disponibilize objetos atrativos ao alcance, como mordedores resistentes, brinquedos interativos e panos com o cheiro do tutor — itens que transmitem conforto emocional e ajudam a canalizar a energia de forma positiva. Essa organização inteligente transforma o ambiente em um aliado na construção de bons hábitos.
Além disso, adote medidas práticas de proteção:
Área da casa | Ação preventiva |
---|---|
Móveis de madeira | Capas protetoras ou sprays repelentes naturais |
Tapetes escorregadios | Tapetes antiderrapantes ou fixadores de canto |
Fios e cabos elétricos | Organizadores ou protetores rígidos |
Evite deixar objetos pequenos, sapatos ou almofadas ao alcance, principalmente em períodos de ausência. A organização do ambiente deve oferecer clareza ao cão sobre o que é permitido interagir, evitando estímulos visuais errados.
Outro recurso eficaz são os brinquedos com sensores de movimento ou difusores automáticos de feromônios, que ajudam a manter o animal calmo e focado em atividades apropriadas.
Ambientes bem estruturados reduzem a ansiedade e oferecem estímulo positivo contínuo. Isso cria um ciclo de bem-estar que reflete diretamente no comportamento — menos destruição e mais equilíbrio dentro de casa.
Quando buscar ajuda profissional e por que a consistência é fundamental
Em alguns casos, mesmo com todas as medidas aplicadas, os comportamentos destrutivos persistem — especialmente quando estão associados a quadros de ansiedade severa, traumas antigos ou compulsões. Nesses cenários, a intervenção de um veterinário comportamental ou adestrador com abordagem científica pode ser decisiva. Profissionais atualizados utilizam técnicas modernas e comprovadas, como a dessensibilização sistemática, o contracondicionamento e programas personalizados de enriquecimento, sempre respeitando o tempo e a natureza de cada animal.
Mas não basta aplicar soluções pontuais. A verdadeira mudança exige consistência e paciência. Comportamentos aprendidos não se apagam do dia para a noite — e a reeducação deve ser encarada como um processo contínuo. Manter a rotina, reforçar pequenos avanços e adaptar estratégias ao longo do tempo são atitudes indispensáveis para o sucesso.
A combinação entre acompanhamento profissional e disciplina cotidiana transforma a convivência com cães destrutivos. Com o tempo, eles passam a compreender os limites, desenvolvem autocontrole e encontram formas mais saudáveis de se expressar. O resultado é um ambiente mais harmonioso, com menos danos — e mais confiança mútua.smo em fases difíceis.
Conclusão

Quando nos deparamos com cachorros destruindo móveis, entender o que fazer vai muito além de simples broncas ou punições. É necessário investigar as causas, compreender o comportamento e agir de forma estratégica. Em grande parte dos casos, o problema está relacionado a necessidades não atendidas — como excesso de energia, falta de estímulo mental, ansiedade ou carência emocional.
Com paciência, consistência e empatia, é possível transformar comportamentos destrutivos em atitudes equilibradas e saudáveis. Seu cão não está “sendo malcriado” — ele está comunicando algo que precisa de atenção. Quando esse chamado é ouvido com responsabilidade, o resultado é uma convivência mais harmoniosa, uma casa preservada e, principalmente, um pet mais feliz e confiante.
Referências
Petz – Como lidar com cães que destroem objetos
Guia sobre como lidar com cães que têm o hábito de destruir móveis e objetos, com dicas de treinamento e alternativas para redirecionar esse comportamento.
🔗 petz.com.br
Tudo Sobre Cachorros – Como fazer o cachorro parar de destruir móveis e objetos
Artigo com orientações sobre como ensinar seu cachorro a parar de destruir móveis e objetos, oferecendo soluções como o uso de brinquedos e o reforço positivo.
🔗 tudosobrecachorros.com.br