Doenças em Cães: Conheça as Mais Comuns e Saiba Como Evitar

As doenças comuns em cães variam conforme idade, ambiente e hábitos, mas muitas podem ser prevenidas com orientações simples e atenção diária. Em 2025, contamos com vacinas otimizadas, testes de diagnóstico rápidos e métodos modernos de prevenção — tornando o cuidado com o pet mais eficaz e acessível.

Este artigo traz informações essenciais sobre as enfermidades mais frequentes no universo canino. Ao longo dos próximos tópicos, vamos abordar sintomas, fatores de risco, medidas preventivas e dúvidas frequentes, sempre com base em dados atuais e recomendações de organizações veterinárias. Seu objetivo é fornecer um guia prático e bem estruturado, para que você possa proteger seu companheiro e promover uma vida longa e saudável.


Parasitose intestinal e verminoses

As verminoses estão entre as doenças comuns em cães e podem provocar desde diarreia e anemia até prejuízos no desenvolvimento, especialmente em filhotes.

  • Sintomas mais comuns: fezes amolecidas, presença de vermes, sangue nas fezes, emagrecimento inexplicado, pelo opaco.
  • Prevenção eficaz: vermifugação a cada 3‑4 meses (inicialmente no filhote, repetindo aos mês), além de limpeza e cuidados com a higiene do ambiente.
  • Controle ambiental: evite locais com fezes, mantenha o quintal limpo e higienize as áreas usadas com frequência.
  • Exames de fezes regulares: a descoberta precoce evita complicações e contágio para outros pets.

Manter esse cuidado constante reduz drasticamente o risco de infecções e garante equilíbrio intestinal e crescimento saudável para seu cão.


Doenças zoonóticas: leishmaniose, giardíase e leptospirose

Cão sendo atendido por veterinário durante tratamento, representando o combate a doenças zoonóticas como leishmaniose, giardíase e leptospirose.
Doenças zoonóticas como leishmaniose, giardíase e leptospirose exigem diagnóstico veterinário precoce para proteger a saúde do cão e da família.

Algumas doenças comuns em cães também representam risco à saúde humana, tornando a prevenção ainda mais importante.

  • Leishmaniose visceral: transmitida pelo mosquito-palha. Profilaxia com repelentes caninos, vacinas recomendadas e controle de vetores são essenciais.
  • Giardíase: causada pelo protozoário Giardia spp., provoca diarreia e desidratação. A prevenção inclui abastecimento de água potável, higiene do local e tratamento do cão infectado.
  • Leptospirose: causada por bactérias presentes em água contaminada. A vacinação anual, o fechamento de focos de água parada e a limpeza são medidas preventivas eficazes.

Essas doenças exigem atenção redobrada: a prevenção envolve higiene rigorosa, imunização correta e combate a vetores e ambientes contaminados.


Doenças de pele: dermatites, sarna e alergias

As alterações de pele estão entre as doenças comuns em cães e afetam o bem-estar e conforto do animal.

  • Dermatites alérgicas: sintomas incluem coceira intensa, pele avermelhada e queda de pelos. Evite alimentos, produtos de higiene e ambientes suspeitos; vacinas específicas podem ajudar.
  • Sarna (escabiose e demodício): provoca queda de pelo localizada, crostas e irritação. Tratamentos modernos comazitermias tópicas e internos oferecem eficácia maior.
  • Infecções por fungos ou bactérias: otites, pústulas e crostas exigem diagnóstico rápido e tratamento com antibióticos ou antifúngicos.

A identificação precoce desses sinais melhora o prognóstico e reduz o desconforto — além de evitar que a doença se torne crônica.


Cinomose: uma das doenças mais perigosas entre os cães

A cinomose canina é uma enfermidade viral altamente contagiosa e potencialmente fatal. Causada por um vírus da família Paramyxoviridae, afeta principalmente filhotes, cães não vacinados ou com baixa imunidade. O vírus compromete diversos sistemas do organismo, incluindo o respiratório, gastrointestinal e o nervoso central, o que torna seu diagnóstico e tratamento ainda mais delicados.

Sintomas mais comuns:

  • Corrimento nasal espesso, olhos lacrimejando constantemente;
  • Febre intermitente, letargia e perda de apetite;
  • Episódios de vômito e diarreia de difícil controle;
  • Convulsões, tiques involuntários e sinais de desorientação.

Muitos tutores confundem os sinais iniciais com viroses simples, o que atrasa o tratamento e agrava o quadro clínico. A progressão da doença pode levar semanas, e o risco de sequelas neurológicas é alto, mesmo com tratamento intensivo.

Prevenção: a vacina é a melhor defesa

O esquema vacinal com as vacinas polivalentes V8 ou V10 continua sendo a forma mais segura e eficaz de proteção. Em 2025, novas versões dessas vacinas contam com cobertura aprimorada para variantes regionais. O protocolo se inicia aos 45 dias de vida, com reforços conforme orientação veterinária.

Destaque essencial:

A cinomose é evitável. A prevenção por meio da vacinação correta salva vidas — e ainda evita longos e custosos tratamentos emergenciais. Ao vacinar seu cão, você protege não apenas seu pet, mas também outros animais da comunidade.


Otite canina: mais que um probleOtite em cães: desconforto auditivo que precisa de atenção

Entre as doenças comuns em cães, a otite canina é uma das mais frequentes nas clínicas veterinárias. Trata-se de uma inflamação no canal auditivo, que pode ser externa, média ou interna — cada uma com níveis distintos de gravidade. Embora não seja fatal, a otite causa grande desconforto e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para perda de audição e infecções profundas.

Principais causas:

A otite pode ter diferentes origens, e conhecer os fatores contribuintes ajuda na prevenção. Veja algumas causas recorrentes:

Fator desencadeanteDescrição
Acúmulo de ceraMais comum em raças de orelhas caídas, como Cocker Spaniel e Basset Hound
Umidade após banhosFalta de secagem favorece proliferação de fungos e bactérias
Alergias alimentaresPodem provocar excesso de secreção ceruminosa
Corpos estranhos no ouvidoSementes, pequenos insetos ou poeira

Como prevenir otite em cães:

  • Secagem cuidadosa após banhos e natação, com algodão absorvente (sem introduzir no canal);
  • Uso semanal de soluções otológicas específicas, indicadas por veterinário;
  • Higienização regular dos pelos ao redor da orelha, evitando acúmulo de sujeira e umidade.

Atenção aos sinais de alerta:

Coceira persistente, inclinação da cabeça, balançar constante das orelhas, presença de secreção escura ou odor forte são indicativos claros de otite em desenvolvimento. Quanto antes tratada, menores as chances de complicações.

Dica de ouro: se o seu cão apresenta esses sinais com frequência, agende uma avaliação com o veterinário. O diagnóstico precoce faz toda a diferença na recuperação..


Obesidade: a porta de entrada para várias doenças comuns em cães

Cão da raça Labrador com sobrepeso sentado na grama, representando os riscos da obesidade canina, como diabetes, doenças cardíacas e articulares.
A obesidade canina afeta milhões de pets no Brasil e está ligada a doenças como diabetes, artrose e problemas no coração. Manter o peso ideal é essencial para a saúde do seu cão.

A obesidade canina é hoje uma das maiores ameaças à saúde dos pets — e muitas vezes passa despercebida. Em 2025, estima-se que cerca de 4 em cada 10 cães no Brasil apresentem algum grau de sobrepeso. Esse quadro não é apenas estético: é um fator de risco direto para diversas doenças comuns em cães, como diabetes, problemas cardíacos, artrose e até doenças hepáticas.

Impactos da obesidade no organismo do pet

  • Diminuição da mobilidade: o excesso de peso sobrecarrega articulações, favorecendo a degeneração de cartilagens e articulações.
  • Problemas respiratórios: especialmente em raças braquicefálicas, como Bulldog e Pug.
  • Queda na imunidade: o organismo sobrecarregado torna-se mais vulnerável a infecções.
  • Predisposição a tumores: estudos apontam correlação entre obesidade e alguns tipos de câncer.

Como prevenir e reverter o sobrepeso

A boa notícia é que a obesidade é controlável com medidas simples:

Ação recomendadaObjetivo
Ração específica para perda de pesoNutrir sem excesso calórico
Redução de petiscos e restos de comidaEvita calorias “invisíveis”
Caminhadas curtas e regularesQueima de energia e estímulo mental
Brinquedos interativos e enriquecimento ambientalReduz sedentarismo e ansiedade

O acompanhamento com veterinário nutrólogo é essencial para formular um plano de emagrecimento saudável. Evitar o ganho de peso é mais simples — e barato — do que lidar com as doenças associadas. O ideal é manter avaliações regulares e controle da alimentação desde filhote.


A ameaça invisível: carrapatos e doenças silenciosas em cães

Entre as doenças comuns em cães, as transmitidas por carrapatos — como erliquiose e babesiose — estão entre as mais perigosas. Esses parasitas microscópicos entram na corrente sanguínea por meio da picada do carrapato, podendo causar infecções graves, muitas vezes silenciosas nas fases iniciais.

Principais sinais clínicos

Os sintomas podem variar conforme a fase da doença:

Sintomas iniciaisSintomas avançados
Letargia e falta de apetiteHemorragias (gengivas, nariz)
Febre e fraquezaPerda de peso acelerada
Manchas vermelhas na peleDificuldade para caminhar

Muitas vezes, o tutor percebe a doença apenas quando o quadro já é grave. A infecção afeta o sangue, o baço e até o sistema nervoso, exigindo tratamento intensivo com antibióticos, transfusões e internações prolongadas.

Como evitar essa doença silenciosa

A prevenção é a única arma real contra carrapatos. Com a mudança climática em 2025, eles estão ainda mais ativos o ano inteiro, inclusive em áreas urbanas. As medidas mais eficazes incluem:

  • Uso contínuo de antiparasitários modernos, como comprimidos de longa ação ou coleiras repelentes.
  • Verificações diárias após passeios em grama, matas ou parques.
  • Higienização frequente da casa, especialmente de tapetes, rodapés e áreas externas.

Erliquiose e babesiose não apenas comprometem a saúde do pet — mas também podem ser fatais mesmo com tratamento. Por isso, a prevenção contra carrapatos deve ser parte da rotina de cuidados essenciais, ao lado da alimentação e vacinação. A atenção constante é o que faz toda a diferença.


Problemas dentários: mais sérios do que parecem

Tártaro, gengivite e até infecções profundas nos dentes são extremamente frequentes — e subestimadas. A saúde bucal impacta diretamente órgãos como coração, fígado e rins.

Consequências de não cuidar dos dentes:

  • Mau hálito persistente;
  • Inflamações crônicas e dor ao mastigar;
  • Bactérias bucais invadindo a corrente sanguínea.

Prevenção e cuidados:

  • Escovação semanal com creme dental específico para cães;
  • Petiscos ou brinquedos que ajudam a remover placa bacteriana;
  • Avaliações odontológicas anuais no veterinário.

Dica bônus: Em 2025, escovas elétricas silenciosas para pets e rações com ação antitártaro já estão disponíveis no mercado.


Problemas articulares: displasia, artrose e mais

Entre as doenças comuns em cães, os distúrbios articulares aparecem com frequência, especialmente em cães idosos ou raças grandes. Eles afetam a qualidade de vida, a mobilidade e o humor do animal.

Principais doenças articulares:

  • Displasia coxofemoral: comum em cães de grande porte;
  • Artrose: degeneração progressiva das articulações;
  • Ruptura de ligamento cruzado: mais comum em cães muito ativos.

Sinais comuns:

  • Dificuldade para levantar ou subir escadas;
  • Claudicação (mancar);
  • Rejeição ao toque em membros ou costas.

Como evitar:

  • Controle de peso rigoroso;
  • Suplementação com condroitina e glucosamina;
  • Piso antiderrapante e camas ortopédicas.

Intolerâncias alimentares: o alerta por trás do vômito e da diarreia

Cão com coleira vermelha olhando para dentro do vaso sanitário, simbolizando sintomas de distúrbios digestivos como vômito e diarreia em cães.
Sinais como vômito frequente, fezes amolecidas e perda de apetite podem indicar distúrbios digestivos em cães — não ignore esses alertas.

Entre as doenças comuns em cães, os distúrbios digestivos figuram como um dos primeiros sinais de alerta ignorados. Um episódio isolado de vômito pode ser passageiro, mas quando associado a diarreia frequente, fezes amolecidas e perda de apetite, é sinal de que algo no organismo do seu pet não está bem.

As intolerâncias alimentares estão em alta nos diagnósticos veterinários, e sua origem pode ser tanto imunológica quanto relacionada à má digestão de determinados ingredientes.

Causas mais comuns de intolerância digestiva

  • Mudanças abruptas de ração ou dieta caseira mal balanceada;
  • Consumo de alimentos inapropriados (temperados, fritos, doces);
  • Presença de corantes ou aditivos industriais;
  • Ingestão acidental de plantas, ossos ou objetos contaminados;
  • Parasitas intestinais e infecções virais (ex.: giardíase ou parvovirose).

Cuidados essenciais e medidas preventivas

Entre os cuidados essenciais para prevenir problemas digestivos e intolerâncias alimentares em cães, manter uma dieta equilibrada e sem variações bruscas é o primeiro passo — isso evita choques intestinais e reduz significativamente episódios de vômito e diarreia. Também é fundamental evitar o oferecimento de petiscos humanos ou restos de comida de rua, pois esses alimentos aumentam o risco de intoxicações e reações inflamatórias no trato digestivo.

Outro ponto indispensável é garantir hidratação constante, oferecendo sempre água limpa e fresca, o que ajuda na digestão e evita quadros de desidratação, especialmente em períodos mais quentes ou durante episódios de diarreia. Além disso, realizar exames periódicos de fezes permite detectar precocemente a presença de parasitas intestinais ou infecções bacterianas — problemas silenciosos que, quando não tratados, podem evoluir para quadros clínicos mais sérios.

Em 2025, com a oferta de rações hipoalergênicas e dietas personalizadas, ficou mais fácil controlar esses quadros. No entanto, qualquer vômito persistente, fezes com sangue ou sinais de dor abdominal exigem atenção veterinária imediata.

Não subestime os sinais gastrointestinais. Muitas vezes, a intolerância alimentar é o sintoma externo de uma condição mais profunda. Observar, manter uma dieta apropriada e agir cedo são os melhores remédios para garantir qualidade de vida ao seu cão.


Conclusão

Entender as doenças comuns em cães é uma forma de cuidar com mais consciência e agir de forma preventiva. Doenças infecciosas, problemas articulares, alergias, complicações cardíacas ou dentárias — todas elas podem ser minimizadas (ou até evitadas) com hábitos simples como boa alimentação, vacinação em dia, visitas regulares ao veterinário e observação diária do comportamento do seu pet.

Mais do que reagir ao surgimento de sintomas, o tutor atento deve cultivar a prevenção como um estilo de vida. Ao reconhecer os sinais iniciais e manter um ambiente equilibrado, você não só reduz os riscos de emergências, mas também aumenta a expectativa e a qualidade de vida do seu cão.

Lembre-se: carinho e atenção são fundamentais, mas informação é o que transforma o cuidado em saúde de verdade. Agora que você conhece melhor as doenças mais comuns em cães, que tal revisar os hábitos da sua rotina e proporcionar mais bem-estar ao seu companheiro de quatro patas?

Referências

Vet Quality – 8 doenças de cachorros mais comuns e como preveni-las
Artigo que apresenta as doenças mais frequentes em cães, explicando sintomas, formas de contágio e medidas preventivas para manter a saúde do pet em dia.
🔗 vetquality.com.br

Pedigree – Identificando doenças mais comuns em cachorros
Conteúdo informativo que ajuda tutores a reconhecer os sinais de enfermidades típicas em cães, com orientações sobre diagnóstico precoce e cuidados essenciais.
🔗 pedigree.com.br